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Floresta de Brasília tem ocupação irregular com construções de alto padrão

A Floresta Nacional de Brasília (Flona) tem sofrido com as queimadas, mas existe um problema ainda mais antigo: o aumento da quantidade de moradores na área. Desde a última medição, em 2000 a população da área dobrou e hoje chega a três mil pessoas.

A Floresta Nacional de Brasília (Flona) tem sofrido com as queimadas, mas existe um problema ainda mais antigo: o aumento da quantidade de moradores na área. Desde a última medição, em 2000 a população da área dobrou e hoje chega a três mil pessoas.

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A Flona de Brasília possui 9,3 mil hectares, que de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) poderiam abrigar populações tradicionais, ou seja, pessoas que vivem da exploração da região, como os seringueiros. No entanto a chefe da unidade, Miriam Honorata Ferreira, explica que este não é o caso dos moradores da área florestada de Brasília.

O argumento é reforçado pelo fato de que apenas dez residências construídas dentro da Flona de Brasília são autorizadas, percentual abaixo de 0,5%. Além disso, o perfil dos moradores não condiz com o de pessoas necessitadas. “Temos tantas chácaras produtivas, como pessoas que estão ali só para morar, como funcionários públicos do GDF, policiais civis. O que menos tem são pessoas simples. São pessoas ganhando dinheiro com isso, até anunciando lotes em jornal”, explica Miriam.

Diante deste cenário o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) garantiu que irá tomar as devidas providências para acabar com a situação, que é considerada uma “distorção no processo de fiscalização”. A discrepância na situação é tão grande que algumas residências possuem piscinas e até mesmo quadras esportivas.

A falta de funcionários é um dos fatores que dificultam o controle da área. São apenas 13 pessoas cuidando de toda a Flona de Brasília e apenas duas delas são responsáveis pela fiscalização. Os resultados da falta de estrutura se refletem em atos criminosos, como a ocupação irregular e os incêndios, que já queimaram 43% da floresta e estão sob investigação. Com informações do G1.

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Redação CicloVivo

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