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Físicos alemães utilizam força dos raios para reciclar concreto e cimento

Cientistas alemães se inspiraram em uma técnica antiga para aprimorar a reciclagem dos restos de materiais de construção. Como alternativa sustentável, eles utilizam os raios para implodir toneladas de cimento e concreto depositados nas caçambas.

Cientistas alemães se inspiraram em uma técnica antiga para aprimorar a reciclagem dos restos de materiais de construção. Como alternativa sustentável, eles utilizam os raios para implodir toneladas de cimento e concreto depositados nas caçambas.

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Se depender da equipe do Instituto de Física das Construções de Holzkirchen, na Alemanha, os raios serão os substitutos da moagem, processo mais comum de reutilização do cimento e do concreto. Incomodados com a poeira produzida pela moagem dos materiais de construção, os cientistas resgataram técnicas aplicadas pelos russos nos anos 1940 – que utilizam os raios para reciclar o concreto e o cimento presente nas caçambas.             

O material de construção é desmontado através da fragmentação eletrodinâmica, um método que potencializa a ação dos raios sobre os sólidos, até que eles sejam quebrados com a ação das descargas elétricas. O problema é que os raios tendem a se propagar mais no ar e na água. Porém, depois de realizar estudos sobre a força dielétrica, os cientistas conseguiram deixar o concreto mais sensível à ação da eletricidade.

Assim, desde o primeiro impulso elétrico que recebem, os resíduos ficam enfraquecidos. "Eles formam uma onda de pressão que tem força comparável a de uma pequena explosão", explica o físico Volker Thome, idealizador do projeto. A partir desta etapa, o concreto é fragmentado em seus componentes básicos – podendo ser reutilizado na construção civil.

No laboratório, os pesquisadores conseguem processar até uma tonelada de sobras de materiais de construção por hora. Mas, para Thome, a produção ainda deve aumentar muito. "Para trabalhar de forma eficiente, nosso objetivo é atingir um processamento de pelo menos 20 toneladas por hora", diz o cientista, que espera lançar o sistema em escala industrial daqui a dois anos. 

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Estima-se que até 15% das emissões de carbono registradas anualmente no mundo estejam diretamente relacionadas com a fabricação de concreto. Além disso, os resíduos de materiais de construção civil ainda não possuem um descarte adequado na maioria das cidades do mundo. Quando não são reutilizadas em aplicações menos nobres, as sobras de concreto costumam ser depositadas em caçambas nas calçadas, atrapalhando a circulação de pedestres e atraindo pragas urbanas, como ratos e baratas. Com informações do Inovação Tecnológica.

Redação CicloVivo

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