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Estudo mostra mudanças no DNA de pessoas que limparam vazamento de petróleo

Um estudo divulgado na última terça-feira (24) mostra que pessoas que participaram das operações de limpeza do maior vazamento de óleo da Espanha, no final de 2002, apresentaram alterações em seu DNA e problemas pulmonares.

Um estudo divulgado na última terça-feira (24) mostra que pessoas que participaram das operações de limpeza do maior vazamento de óleo da Espanha, no final de 2002, apresentaram alterações em seu DNA e problemas pulmonares.

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A pesquisa realizada por cientistas espanhóis, entre setembro de 2004 e fevereiro de 2005, foi divulgada na revista americana “Annals of Internal Medicine”.

Ao todo, foram estudados 501 marinheiros que aturam na limpeza e 177 que não participaram. O informe mostra que "os marinheiros espanhóis que participaram da limpeza da maré negra na costa têm uma frequência maior de problemas respiratórios (…) e alterações cromossômicas nos linfócitos, em comparação com aqueles que não participaram da limpeza".

Conforme divulgado no estudo, as alterações observadas nos linfócitos podem provocar um risco maior de câncer. Mesmo assim, os pesquisadores advertiram que “o estudo não prova que a exposição ao petróleo tenha causa estas anomalias”. No entanto, a mesma pesquisa indica que “a exposição aos sedimentos de petróleo, inclusive por um curto período, pode ter efeitos negativos para a saúde”.

"Como, infelizmente, haverá outras marés negras, é crucial que as autoridades responsáveis pelas operações de limpeza tomem medidas apropriadas para garantir a proteção sanitária daqueles que participam destas operações", concluem os pesquisadores. Eles pedem um acompanhamento sistemático da saúde dos trabalhadores após a limpeza.

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O maior acidente petrolífero da Espanha aconteceu em 13 de novembro de 2002. Quando o navio petroleiro liberiano ”Prestige”, com bandeira das Bahamas, afundou na costa da Galícia, no norte da Espanha.

A embarcação carregava 70 mil toneladas de óleo combustível, cerca de 50 mil toneladas foram derramadas no mar e contaminaram milhares de quilômetros do oceano atlântico. Mais de 300 mil pessoas foram escaladas em toda a Europa para participar das operações de limpeza.

O início do julgamento dos responsáveis pela catástrofe está previsto para o final deste ano.

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Com informações da Folha de São Paulo