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Emissão de gases de efeito estufa bate recorde em 2010

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório, na última segunda-feira (21), que aponta um recorde nas emissões de gases de efeito estufa durante o ano de 2010.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório, na última segunda-feira (21), que aponta um recorde nas emissões de gases de efeito estufa durante o ano de 2010.

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O documento mostra que o aumento na incidência destes gases na atmosfera foi 39 vezes superior aos níveis considerados durante a era pré-industrial. O “Boletim anual sobre gases de efeito estufa”, como é chamado, mostrou que o dióxido de carbono teve alta de 39%, o metano de 158% e o óxido nitroso de 20%. Estes são os três gases que permanecem por mais tempo na atmosfera.

O estudo serve como alerta para a próxima reunião da ONU, que irá tratar das negociações sobre mudanças climáticas, com início no dia 28 deste mês, em Durban, África do Sul. O recorde nos níveis de GEE na atmosfera marcam também uma espécie de fracasso entre as negociações de combate às mudanças climáticas.

O Protocolo de Kyoto, único acordo que controla legalmente as emissões, tem fim em 2012. Por isso, alguns analistas do clima acreditam que o encontro em Durban deve ser o palco para novas disputas em relação ao pacto, que coloca maior responsabilidade sobre os países desenvolvidos. Em declaração à Agência France Presse, Alden Meyer, da ONG norte-americana União de Cientistas Preocupados, declarou que o palco será montado para uma “dança muito complicada”, em relação ao futuro de Kyoto.

A preocupação com o aumento da temperatura global é tema constante nas reuniões entre os países. Na última Conferência Climática, realizada em Cancún, em 2010, foi aprovado o objetivo de limitar o aquecimento em 2ºC. Porém, não foram definidas as estratégias para que o alvo fosse cumprido.

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Mesmo que todas as metas consigam ser alcançadas, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, alerta sobre o perigo causado pelos altos níveis de gases que já estão na atmosfera. “Mesmo se conseguíssemos cortar pela metade nossas emissões atuais, e este não é o caso, de longe, elas permaneceriam na atmosfera por décadas e, assim, continuariam a afetar o delicado equilíbrio do nosso planeta e do nosso clima”, declarou. Com informações da Folha e da France Presse.

Redação CicloVivo

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