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Efeito curativo da natureza é tema de debate em Brasília

Pode-se simplesmente caminhar sem rumo ou sentar e observar os detalhes das plantas e árvores de forma geral.

Os benefícios que a natureza pode trazer à saúde das pessoas. Esse foi o tema que pautou as discussões do evento Diálogos ICMBio – Saúde, Parques e Reservas/Banho de Floresta realizado há menos de duas semanas em Brasília. Representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Alana e do Instituto Brasileiro de Ecopsicologia (IBE) defenderam os efeitos curativos da floresta para a melhoria da vida das pessoas.

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A discussão faz parte da proposta do ICMBio de fazer com que as pessoas sintam na prática que as unidades de conservação federais, além do seu importante papel na conservação e preservação da biodiversidade, são também parceiras na melhoria da saúde e da qualidade de vida de todos cidadãos. Para isso, o ICMBio quer fomentar a prática, que nasceu no Japão, denominada de banho de floresta.

“A saúde humana está relacionada à saúde do planeta. O contato com a natureza é uma benéfica e recíproca relação entre saúde e natureza”, defendeu o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial do ICMBio, Claudio Maretti, durante a abertura do Diálogos ICMBio – Saúde, Parques e Reservas/Banho de Floresta.

Já Marco Bilibio, do Instituto Brasileiro de Ecopsicologia (IBE), relatou diversas pesquisas que apontam os benefícios psicológicos e fisiológicos para saúde das pessoas. “Quando se realiza algo na natureza, você está com a natureza. Essa experiência tem excelentes efeitos psicológicos. A floresta é um antidepressivo”, defendeu Bilibio. Ele contou que o banho de floresta é considerado uma medicina no Japão. “É importante o entendimento da necessidade de viver com saúde em um ambiente de saúde”, afirmou.

Guilherme Franco, da Fiocruz, disse que 18% dos problemas de saúde estão relacionados à poluição. Defendeu que é fundamental “trazer a saúde para mais perto das unidades de conservação”. Citou várias ações que a Fiocruz desenvolve relacionando o tema natureza e saúde.

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Sobre a prática

Desenvolvido no início dos anos 1980 no Japão, o banho de floresta (shinrin-yoku) pode ser praticado de diversas maneiras, sempre, no entanto, rodeado pela natureza e entrando em contato com o estado que a floresta nos traz. Pode-se simplesmente caminhar sem rumo ou sentar e observar os detalhes das plantas e árvores de forma geral. Tudo isso respirando profundamente o bom ar limpo que a floresta oferece, em um certo tom de meditação. Tocar as plantas, sentir as diferentes texturas, ouvir os sons, perceber os aromas – tudo isso faz parte do banho.

Estudos realizados desde o início das práticas comprovam que os “banhos” diminuem o cortisol (hormônio causador do estresse), reduzem a pressão arterial, melhoram a concentração, a imunidade, fortalecem o metabolismo e elevam o bem-estar emocional.

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Banho de floresta no Parque Nacional de Brasília

O Parque Nacional de Brasília já realizou em novembro o primeiro Banho da Floresta. Foram 23 pessoas que caminharam com tranquilidade pela floresta respirando profundamente o ar puro do lugar. O Parque Nacional de Brasília realizará outros encontros, com objetivo de fomentar essa prática de contato com a natureza que contribui para tratamentos de saúde e melhoria da qualidade de vida.

Por ICMBio.