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E-book é mais sustentável que livro impresso?

Um dos questionamentos feitos pelas pessoas que são naturalmente apaixonadas por livros é se a opção digital, os e-books, é mais sustentável que os modelos tradicionais impressos. A resposta não é tão simples quanto parece.

Um dos questionamentos feitos pelas pessoas que são naturalmente apaixonadas por livros é se a opção digital, os e-books, é mais sustentável que os modelos tradicionais impressos. Em primeira vista a tendência é imaginar que sim, porém a resposta não é tão simples quanto parece.

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Em artigo publicado no The Millions, o editor Nick Moran, os dados sobre a pegada de carbono dos leitores digitais e comparou com os números dos livros impressos. Segundo ele, os e-readers, ou seja, os aparelhos para leitura digital, como Kindle ou iPad, possuem pegada de carbono 200 a 250% maior que uma biblioteca.

Além disso, a tendência é aumentar ainda mais as emissões de gases de efeito estufa, mediante às trocas contínuas dos aparelhos por modelos mas novos. Outra questão que pode influenciar este impacto é o fato de que os e-readers normalmente são pessoais, assim cada um dos integrantes de uma família tem o seu próprio aparelho.

Os e-readers são cada vez mais populares. Somente nos Estados Unidos, o principal mercado consumidor deste segmento no mundo, foram comercializados em 2011 um milhão de Kindles por semana e a Apple anunciou a venda de 40 milhões de iPads. Dessa forma os livros digitais foram responsáveis por 31% das vendas das editoras.

Segundo Moran, quando a comparação entre os dois modelos é iniciada, um dos primeiros argumentos é com os gastos e impactos gerados pela impressão e transporte de livros tradicionais. Os defensores da tecnologia utilizam estas opções para justificarem o uso dos e-books. No entanto, é preciso considerar que a fabricação e venda dos leitores digitais também necessita de tudo isso. Para o editor, esse processo é ignorado e, em muitos casos, esta industrialização é considerada fruto do subproduto do setor de tecnologia.

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O correspondente da National Geographic, Allen Tellis, publicou recentemente uma nota de incentivo aos e-books, dizendo que os impactos ambientais deste modelo eram compensados após a leitura de 14 livros, no mesmo aparelho. No entanto, outra versão publicada no New York Times, aponta para a necessidade da leitura de até cem livros digitais para compensar as emissões. Além disso, é necessário gastar 50 vezes mais combustível fóssil para produzir um e-reader, em comparação aos livros impressos, mesmo contanto os gastos energéticao com a iluminação para a leitura.

Entre os fatores que colaboram para o aumento da pegada de carbono dos e-readers, conforme apontado por Moran, é a baixa durabilidade dos modelos. Eles normalmente são usados pelo comprador original por apenas dois anos. Depois disso são comumente trocados por modelos mais atuais.

Para realmente minimizar os impactos causados pelos equipamentos digitais o ideal é utilizar o leitor por, no mínimo, cinco anos. Outro ponto levantado é em relação aos materiais usados na fabricação dos aparelhos e também o cuidado com o descarte de cada uma das peças, para evitar contaminação do solo e outros ecossistemas.

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Com a tecnologia cada vez mais avançada, os leitores eletrônicos já não cumprem apenas uma função. Eles fornecem uma gama de opções para que os usuários estejam cada vez mais conectados, aumentando assim o consumo energético e a pegada de carbono dos aparelhos.

A conclusão a que Moran chega é de que o papel ainda é a melhor opção. Assim, o ideal é pegar livros emprestados com amigos ou em bibliotecas e, quando for o caso, também é permitido comprar, já que o mesmo livro pode ser compartilhado com outras pessoas posteriormente. Com informações do The Millions.

Redação CicloVivo