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“Crise de água em São Paulo é a ponta do iceberg”, afirma especialista do WWF

Para Glauco Kimura, coordenador do programa Água para Vida, o problema de gestão da água é nacional.

Na última quarta-feira (29), diversas ONGs apresentaram as ações que têm sido implementadas em busca da segurança hídrica de São Paulo. Além disso, por meio do projeto “água@sp”, os grupos se uniram para formular um conjunto de propostas a serem colocadas em prática pela sociedade civil, instituições e governos, tanto no âmbito estadual quanto federal.

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São 20 sugestões divididas para curto e médio/longo prazo, que podem ser vistas aqui. Durante o evento, Glauco Kimura, coordenador do programa Água para Vida da ONG WWF, salientou que o problema de gestão da água é nacional. “A crise de São Paulo é a ponta do iceberg que está por vir se a gente não agir rapidamente”, afirma.

Em seguida, relatou um dos problemas que atinge a capital do país. “Moro em Brasília e vou dizer para vocês, esse modelo de gestão que acontece em São Paulo, acontece nas metrópoles brasileiras. Em Brasília não está faltando água ainda, mas o reservatório do Descoberto, que abastece 70% do Distrito Federal, já está totalmente invadido, ocupado e poluído e a partir do ano que vem o governo vai começar a captar água do Lago Paranoá”, contou ele.

Kimura já defendeu diversas vezes que uma das questões preocupantes é a falta de conhecimento da população sobre o tema. Segundo uma pesquisa realizada pela organização WWF, em 2012, mais de 80% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar da ANA (Agência Nacional de Águas), o órgão que regula os recursos hídricos.

O gerente técnico do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Carlos Thadeu, endossa essa ideia e salienta a restrição de informações a que alguns órgãos impõem aos consumidores. “Com base no código do consumidor, temos o direito de saber se falta ou não água. E, por isso, lançamos a campanha ‘Tô sem água’. Pedimos à Sabesp que informasse a população voluntariamente, embora legalmente seja um dever”.

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Thadeu defende que para resolver qualquer crise é preciso primeiro reconhecer que ela existe. “Acho que a questão da informação é fundamental. A briga pela informação vai continuar”, garante.

Marcia Sousa – Redação CicloVivo

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