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Cresce 21% uso de transporte individual em SP

População da região metropilitana tem optado mais por automóveis, motos e táxis.

O uso de transporte individual se sobrepôs ao coletivo em cinco anos na Grande São Paulo. É o que mostra um estudo da Secretaria de Transportes Metropolitanos concluído em dezembro e divulgado na última segunda-feira (10).

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A Pesquisa de Mobilidade da região metropolitana de São Paulo refere-se ao período de 2007 a 2012. Durante este tempo, os trajetos realizados com automóveis, motos e táxis aumentaram 21%, já opções como ônibus, trens e metrô subiram 16%. O transporte coletivo passou de 13,9 milhões de viagens para 16,1 milhões.

Também aumentou 18% a frota de veículos particulares (a porcentagem não leva em consideração a aquisição de frotas de empresas, táxis e ônibus) e a taxa de motorização (relação entre a população e a frota de veículos) passou de 184 para 212 automóveis por mil habitantes.

O estudo mostrou que os habitantes estão se deslocando mais do que nunca. O número de viagens aumentou 15%, enquanto que a população cresceu apenas 2%. Foram 43,7 milhões de viagens diárias na região metropolitana em 2012, sendo 29,7 milhões realizados por modo motorizado e 14,0 milhões por modo não motorizado (a pé ou de bicicleta).

Hora de pico é toda hora

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Qual o melhor horário para se deslocar por São Paulo? É quase impossível dizer. A pesquisa mostra que aumentou o número de viagens entre as 11h e as 13h, por diversos motivos e modos de transporte.

O pico do horário de almoço já supera o pico da manhã e da tarde. Escapar dos momentos em que a cidade está com congestionamento acima da média está cada vez mais difícil.

Histórico da opção de transportes

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Em 1967, o transporte coletivo somava 68% do total de viagens motorizadas. O número caiu nos 35 anos seguintes e os veículos individuais passaram a ser escolha principal dos paulistas – opção de 53% da população em 2012. As viagens por modo coletivo retomaram o posto a partir de 2007 e até 2012 correspondia a 54% das viagens.

Outro dado interessante da pesquisa ressalta que aumentou o uso de viagens motorizadas entre a população de renda mais baixa. A realidade poderia ser diferente caso a distância entre o trajeto casa-trabalho e trabalho-escola não fosse grande, o que impossibilita o uso de bicicletas ou até mesmo a caminhada.

Já a classe média tem se rendido ao transporte coletivo. Apesar da péssima qualidade, a pesquisa mostra que aumentou essa opção em 1% entre os que têm renda familiar de R$ 4.976 a 9.330 e 6% entre os que ganham mais de R$ 9.330. 

Marcia Sousa – Redação CicloVivo