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Começa nesta segunda-feira (30) a 21ª edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, a COP21. O encontro, que conta com representantes de 195 países, tem como objetivo a criação de um novo acordo internacional para a redução das emissões de gases de efeito estufa que deve substituir o Protocolo de Kyoto.

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Apesar de ser aplicado apenas aos países desenvolvidos, nações emergentes, como Brasil, China e Índia devem ter papel fundamental nas negociações. O mesmo se aplica aos Estados Unidos, que não aderiram ao Protocolo de Kyoto, mas que já se posicionaram a favor da criação de metas de redução na emissão de poluentes.

Os países estão entre os maiores emissores mundiais e os especialistas acreditam que seja necessário um esforço além do sinalizado para que seja possível controlar o aumento da temperatura global para apenas 2ºC. Para Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, o histórico dos norte-americanos e chineses exige maior comprometimento. “A trajetória das emissões é de queda nos Estados Unidos, mas dado o histórico do que já emitiu, é insuficiente como contribuição para chegar aos dois graus celsius”, explicou.

Em relação à China, o especialista acredita que uma mudança no país, mesmo que em longo prazo, já que o compromisso deve se dar apenas após de 2030, possa gerar uma revolução mundial. “Como a China é uma economia muito grande, fazer esse movimento [de redução das emissões] vai gerar muita economia de escala. Se diz que vai entrar na energia eólica ou solar, causa uma revolução. Ainda que esteja muito longe do que é preciso, aponta para uma direção que é correta, de fazer movimentos antecipados, o que vai causar revoluções nos setores [de energia renovável]”, opinou Azevedo.

As autoridades estarão reunidas em Paris para a conferência da ONU até o dia 11 de dezembro. A presidente Dilma Rousseff já está na capital francesa para o encontro e, conforme publicado em sua conta oficial no Twitter, diz esperar que a conferência resulte em um acordo “justo, ambicioso e duradouro”.

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Redação CicloVivo com informações da Agência Brasil