Como ter a autoestima inabalável em 6 lições
Líder-coach dá dicas e propõe desafios de como se encher dessa sensação gostosa que é a autoestima.
Líder-coach dá dicas e propõe desafios de como se encher dessa sensação gostosa que é a autoestima.
Ela muitas vezes faz falta. Mas seu excesso é visto como sinônimo de arrogância. Sabe de quem estamos falando? Da autoestima. “Todos nós temos, alguns equilibrados, outros em menor quantidade, outros mais exacerbado… mas a realidade é que todo ser humano possui essa sensação e o importante é mantermos o equilíbrio para garantir um bom andamento da vida, no relacionamento conosco e com os outros”, conta Maura de Albanesi, psicóloga e líder-coach. Mas para quem está com problemas de autoestima — e quer se encher dessa gostosa sensação —, a especialista organizou seis lições básicas:
“Gostar de você é dar atenção tanto às suas qualidades positivas quanto às que ainda devem ser aperfeiçoadas. Neste período, deverá haver uma compreensão e aceitação de como você é e se gostar desta maneira”, afirma.
Para conseguir, é necessário passar pelo 1º desafio: gostar de si mesmo. “Para gostar de si é preciso olhar-se por inteiro e afirmar “Eu sou assim” e depois vai dizer para as pessoas como você é, mas vai aprender a dizer com graça, com admiração por você mesmo, mesmo quando há parâmetros como ‘Eu sou uma pessoa muito alegre, mas de vez em quando eu me irrito…’. Quando você faz o comentário com naturalidade, sua autoestima já está se destacando.”
“Quando você não tem vontade própria, a vontade do outro prevalece, sem que você tenha a chance de colocar a sua vontade. O que queremos deve ser dito sem imposição e de forma suave – é o querer ou não querer, sem se omitir por agradar ou desagradar alguém.”
Para chegar nessa etapa, Maura propõe mais um desafio: dizer sempre qual é a sua vontade. “Todas as vezes em que tiver uma opção, exponha a sua preferência, que pode ser simplesmente ‘Ir ao cinema ou não’. Faça sua vontade prevalecer e respeite a vontade do outro e, assim, ele respeitará as suas vontades. Dê sempre sua opinião, custe o que custar.”
“Qual é o seu valor? Que nota você dá a você mesmo? Veja que não será apenas uma nota, mas várias porque há a nota como marido/mulher, dona de casa, funcionário, homem/mulher… e assim por diante. Isso é extremamente importante porque é a partir deste valor que as pessoas vão te valorizar. É necessário dimensionar esse valor até mesmo para cobrar por um serviço.”
O terceiro desafio é saber qual é a nota que você dá para aquilo que você faz. “Traga todas as funções que você tem e se dê um valor. Se você é uma amiga, que nota dá para essa amiga que você é? Pode ser que enquanto amizade seja uma pessoa nota 3, mas no trabalho pode ser uma nota 10.”
“Trata-se de você reconhecer exatamente as suas qualidades e suas não qualidades, e não ficar vendido ao feedback da opinião do outro. Quando se pede uma opinião, ficamos vendidos pelo reconhecimento da outra pessoa…”
O quarto desafio é reconhecer-se. “Olhe no espelho e se elogie, dê sua opinião sobre si mesmo. Olhe para suas funções diárias e reconheça o que você faz de bom e quando as ideias e atitudes são suas.”
“A autoconfiança vem quando se cumpre o que propôs a fazer, pois há um recado enviado para confiar. Ela faz com que você se sinta forte, comece a gostar de si…É o tecer o tapete da sua vida…pode ter um monte de defeitos, mas você sabe, ninguém precisa falar, há um recado de “É assim mesmo”. E é assim mesmo! Esses pontos vão se interligando e a autoestima vai sendo formada. A autoconfiança eleva a autoestima porque você começa a gostar de si mesmo, você se acha confiável, você te faz bem.
O desafio agora é confiar em si mesmo. “Faça um plano e vá atrás para cumpri-lo. Mande o recado a sua mente inconsciente de que você é muito confiável e que vai atrás de seus objetivos.”
“Quando você determina uma ação, determina o que vai fazer, faz um planejamento, a autodeterminação surge quando pode acontecer o que for porque ninguém vai te desviar do seu caminho. Isso vem com força, uma força de colocar no mundo o que se é e do que gosta, com opinião, confiança e reconhecimento de planejar e concluir uma tarefa. Não é uma delícia chegar ao fim do dia e ter concluído tudo que havia proposto? Esse bem-estar faz com que a pessoa se torne vigorosa.”
Por fim, o último passo é: conclua do mínimo ao máximo. “Isso significa ser uma pessoa confiável em você mesmo, o confiar ou não no outro não é mais tão importante. Há uma determinação ao praticar a ação. E dê nota ao seu feito”, afirma.
Com estes passos, explica Maura, é possível tornar-se uma pessoa com autoestima elevadíssima, que não espera nada de ninguém, pois confia em si mesmo. “Somos seres humanos em evolução, não perfeitos, por isso ao longo do caminho é se grande estima a cada um de nós ir se elogiando, reconhecendo o que fazemos, nos aplaudindo antes do aplauso do outro”, finaliza.
Fonte: Maura de Albanesi é mestre em Psicologia e Religião pela PUCSP, Pós-Graduada em Psicoterapia Corporal, Terapia de Vivências Passadas (TVP), Terapia Artística, Psicoterapia Transpessoal e Formação Biográfica Antroposófica, atua com o ser humano há mais de 30 anos.