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Classes baixas estão mais expostas à poluição

Os cidadãos paulistanos das classes baixas são mais sensíveis à poluição do ar, concluiu o médico Paulo Saldiva. O principal motivo para isso é o tempo que os mais pobres gastam em ônibus e lotações, grandes responsáveis pelas emissões de CO2.

Os cidadãos paulistanos das classes baixas são mais sensíveis à poluição do ar, concluiu o médico Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, em sua palestra na Conferência BiodieselBR, que acontece nos dias um e dois de outubro, em São Paulo.

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O principal fator que leva a este resultado é o tempo que os mais pobres gastam em ônibus e lotações, responsáveis por emissões significativas de carbono em São Paulo. Apontando o biodiesel como um combustível menos prejudicial, Saldiva ressaltou que é necessário desenvolver alternativas de mobilidade urbana para acabar com este combustível poluente em São Paulo. “Por apresentar baixo teor de enxofre, o biodiesel pode ser utilizado junto com um catalisador, melhorando sua eficiência”, completou o médico.

No entanto, o diesel ainda é utilizado em 10% da frota de ônibus da cidade, e, segundo o especialista, 40% da poluição é proveniente das emissões desse combustível. “Eu não consigo pensar em novos ônibus movidos a diesel”, afirmou o médico durante sua apresentação “Quanto vale uma vida? – A influência do biodiesel”, no primeiro dia da Conferência.

Para o especialista, se a cidade de São Paulo reduzisse 10% de suas emissões, seria possível evitar a morte de 114 mil pessoas e poupar até US$ 10 bilhões nos próximos 20 anos, que seriam gastos com despesas de saúde e de capacidade laboral da população. Para chegar ao resultado, Saldiva comparou os dados de uma série de pesquisas publicadas em revistas norte-americanas.

Saldiva também disse que, na capital paulista, quatro mil pessoas morrem, anualmente, devido a causas relacionadas à poluição do ar. Também ressaltou que as mortes provocadas pela poluição deverão chegar a quatro milhões em 2050. Com informações do G1.

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Redação CicloVivo