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Cientistas dizem que El Niño tem influência sobre guerras civis

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, e publicado pela revista Nature, mostrou que o fenômeno climático El Niño aumenta o risco de guerras civis nos países por onde passa.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, e publicado pela revista Nature, mostrou que o fenômeno climático El Niño aumenta o risco de guerras civis nos países por onde passa.

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O fenômeno acontece, em média, a cada quatro anos e altera a temperatura da água do Oceano Pacífico. Essa mudança tem reflexos distintos, na América do Sul, as chuvas aumentam, enquanto na Indonésia e na Austrália, as secas predominam.

Segundo os pesquisadores, essas alterações climáticas têm influência direta em ações políticas e econômicas. Existem 90 países tropicais, tidos como mais vulneráveis neste cenário, entre eles nações do chifre da África, sudeste da Ásia, Índia e até mesmo da América.

Para chegarem às conclusões, os cientistas estudaram as guerras civis ocorridas entre 1950 e 2004. Um em cada cinco conflitos tiveram a influência direta do El Niño, aumentando a desigualdade social e outros problemas como desemprego e fome, conforme explicado por um dos autores, Kyle Meng, em declaração à agência de notícias Reuters.

Como exemplos foram citadas as guerras civis no Sudão em 1963, 1976 e 1983, Haiti em 1991, Ruanda e Congo em 1997, entre outras. A relação entre o fenômeno e os conflitos também deve-se aos desastres climáticos ocorridos em decorrência do El Niño e o aumento de doenças infecciosas, que atingem com maior frequência os países com pouca estrutura, ou em desenvolvimento.

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Mesmo diante dos altos índices de relação entre os dois temas, os pesquisadores informam que os conflitos iriam acontecer de qualquer jeito, mas com o fenômeno eles ocorreram mais cedo. Com a La Niña, que deixa o clima mais frio, as chances de ocorrerem conflitos civis caem pela metade.

Os pesquisadores ainda lembram que o fato de ser possível prever o El Niño com até dois anos de antecedência pode ajudar na prevenção de conflitos. Com informações do G1.

Redação CicloVivo

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