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Cientista norte-americano dissemina falsos documentos contra céticos do clima

Para investigar um grupo de céticos do clima e expor suas “táticas”, o cientista e hidrologista Peter Gleick se passou por outra pessoa. A atitude passou dos limites e ele foi condenado publicamente pela AGU (União Geofísica Americana).

Para investigar um grupo de céticos do clima e expor suas “táticas”, o cientista e hidrologista norte-americano Peter Gleick se passou por outra pessoa. A atitude passou dos limites e ele foi condenado publicamente pela AGU (União Geofísica Americana).

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No último dia 15, a imprensa e blogueiros dos Estados Unidos receberam supostos documentos sigilosos do Heartland Institute, uma ONG conhecida por promover, principalmente, o ceticismo climático. As informações foram enviadas por um remetente anônimo.

Entre os dados havia uma lista dos doadores do instituto e um plano de implantar um currículo nas escolas públicas sobre a mudança climática, onde seria ensinado que os cientistas não têm certeza do impacto do homem nas alterações climáticas. A intenção era expor os céticos do clima.

A Heartland Institute afirmou que todos os documentos eram falsos e até disseram que Gleick era um dos "suspeitos óbvios". O cientista, que mantém um blog no site Huffington Post, aproveitou o espaço para postar um texto admitindo a culpa. Segundo ele, uma versão dos documentos o foi enviada através do correio. Como a mensagem era anônima, o hidrologista se passou por membro da diretoria da ONG para certificar-se da veracidade dos fatos.

Após confessar o ato, ele foi condenado pela AGU, órgão ao qual pertence. Além disso, renunciou ao seu cargo no Pacific Institute, na Califórnia.

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A reportagem da Folha de S. Paulo lembrou que em 2009 aconteceu um caso inverso em que foram divulgadas, na internet, mensagens falsas insinuando que os cientistas estavam manipulando informações para enganar o público a respeito de o aquecimento global ser uma das consequências das ações do homem no planeta. Na época, o episódio ficou conhecido como "Climagate".

Vale tudo para salvar o planeta do aquecimento global? O disfarce de Gleick foi antiético e certamente decepcionou aqueles que confiavam em seu trabalho como defensor das causas ambientais. A luta por um mundo sustentável não pode ser feita por meios escusos. Procurado pela Folha, ele disse que não daria entrevistas.

Redação CicloVivo

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