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Celular possui menor ciclo de vida entre eletrônicos

Um em cada três celulares e eletroeletrônicos é substituído por falta de funcionamento.

Uma nova pesquisa sobre o uso e descarte de aparelhos eletrônicos lista a média do tempo de duração dos principais objetos utilizados pelas famílias brasileiras. O estudo comprova que a estratégia da indústria em criar itens obsoletos ainda é o principal motivo pela alta produção de lixo no Brasil.

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A obsolescência programada já não é novidade. Desde a década de 30, eletrodomésticos, eletrônicos, entre outros itens, são produzidos com qualidade inferior, tornando os produtos descartáveis e forçando o consumo constante e excessivo.

É por causa dela que o celular é o aparelho que tem menor duração e possui um ciclo de vida de, em média, menos de três anos e dificilmente ultrapassa cinco anos. Essa é a conclusão dos pesquisadores do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e da Market Analysis, instituto especializado em pesquisas de opinião.

A pesquisa coletou entrevistas de 806 homens e mulheres, de 18 a 69 anos, de diferentes classes sociais em nove capitais brasileiras. Segundo os dados, um em cada três celulares e eletroeletrônicos é substituído por falta de funcionamento e três em cada dez eletrodomésticos por apresentarem defeitos.

Celulares, computadores e micro-ondas estão entre os itens com duração menor que três anos. Já o fogão, geladeira e televisão entram na lista dos mais duráveis – mais de dez anos. 

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A pesquisa revela que 60% mulheres trocam seus equipamentos por mau funcionamento do aparelho, já 55% dos homens costumam substituí-los para adquirir um modelo mais moderno.

Essa mudança também se vê nos níveis sociais. A população de renda mais baixa troca um aparelho por problemas no funcionamento, enquanto a classe mais alta substitui em busca de atualizações tecnológicas.

“Podemos observar também a obsolescência psicológica, quando os consumidores trocam de produtos mesmo que ainda não apresentem defeitos, estimulados pela rápida substituição dos modelos do mercado”, analisa João Paulo Amaral, pesquisador do Idec.

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Outro dado interessante é que 81% dos entrevistados trocam de celular sem antes levá-lo à assistência técnica. A opção é descartada, principalmente, pela ausência de assistências técnicas de determinadas marcas em algumas cidades. Uma situação muito comum nas regiões Norte e Nordeste.

Há também os que optam pelo conserto, porém desistem do serviço devido a demora em devolver o produto, a falta de peças e de garantia após o conserto.

Uma boa notícia, levantada na pesquisa, é que a maior parte das pessoas doa, guarda ou vende os aparelhos eletrônicos – tendo consciência que podem ser reaproveitados. 

A tabela abaixo mostra o tempo de uso de cada equipamento, de acordo com os entrevistados:

Abaixo o destino dos aparelhos antigos: 

Redação CicloVivo