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O Brasil chegou aos 10 mil sistemas de energia solar conectados à rede elétrica, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Trata-se de um grande salto com relação a apenas um sistema existente em 2012, mas um número ainda muito aquém do potencial do país.

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“A instalação de sistemas fotovoltaicos em residências e empresas vem crescendo rapidamente nos últimos anos, com cada vez mais pessoas percebendo a viabilidade econômica de gerar sua própria energia. Acredito que o Brasil, por suas características climáticas, deveria ocupar uma posição de destaque no cenário mundial, mas isso ainda não acontece. O que temos hoje é uma quantidade pequena de sistemas se comparado aos milhões de instalações que existem em países como Alemanha, Austrália e Estados Unidos”, afirma Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da ENGIE Solar.

A própria Aneel projeta que há muito espaço para crescer, estimando que em 2024 serão 1,2 milhão de brasileiros gerando sua própria energia. Assim, a expectativa é que a expansão siga avançando exponencialmente nos próximos anos.

O principal fator por trás da aceleração do crescimento da microgeração de energia foi a criação da Resolução nº 482 em 2012, que traçou as regras para o setor no Brasil. Entre essas regras está o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor injetar energia na rede em troca de créditos.Assim, se uma residência com um sistema fotovoltaico gerar mais energia do que consome durante o dia, injetará essa eletricidade excedente na rede em troca de créditos. Esses créditos, que têm validade de cinco anos, podem então serem usados à noite ou em dias de pouca insolação.

“É um modelo bastante interessante e que ajuda a massificar a microgeração solar sem a necessidade de subsídios estatais, o que poderia gerar dificuldade para o setor ‘andar com as próprias pernas’ quando o incentivo governamental cessasse, como já vemos na Europa”, explica Sousa Pinto.

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Economia e sustentabilidade

Atualmente existe, por exemplo, a opção de financiamento em até 72 vezes, o que na prática significa que o investimento mensal no sistema fotovoltaico pode ser abatido pela própria economia na conta de energia elétrica gerada pelo equipamento no decorrer do tempo.

“É uma lógica semelhante com a questão de alugar um imóvel ou comprá-lo. Em vez de pagar um aluguel, muitas vezes é mais interessante financiar o imóvel e pagar as parcelas. No caso da energia, ao adquirir um sistema fotovoltaico de forma parcelada, a pessoa pode usar a economia que esse sistema gerará na conta de energia para pagar pelo equipamento”, explicou Sousa Pinto.

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Por exemplo, em uma residência de classe média é possível instalar um sistema fotovoltaico a partir de R$ 17.000,00, gerando uma economia mensal na conta de energia de aproximadamente R$ 185. Essa quantia pode então ser direcionada para o pagamento de boa parte da parcela do equipamento. Vale destacar que os sistemas da ENGIE possuem uma garantia de performance de 25 anos, com baixos custos de manutenção.

Já uma unidade comercial que possui um gasto mensal de aproximadamente R$ 2.200,00 em energia elétrica pode alcançar uma economia anual de R$ 18.000,00 com um investimento médio de R$ 140.000,00 em um sistema solar fotovoltaico. Assim, o prazo médio para o retorno do investimento é de sete anos. Do ponto de vista ambiental, essa produção de energia limpa corresponde a 1000 árvores plantadas ou 300 mil km rodados de um carro popular. Em 25 anos poderá evitar a emissão de mais de 500 toneladas de CO2.

No site Aneel é possível acompanhar os números da microgeração por fonte.