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Biocombustível pode ajudar a África a reduzir emissões de CO2

O etanol brasileiro pode ajudar a África a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). É o que afirmaram representantes brasileiros durante a COP 17, que aconteceu nas últimas duas semanas em Durban, na África do Sul.

O etanol brasileiro pode ajudar a África a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). É o que afirmaram representantes brasileiros durante a 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 17), que aconteceu nas últimas duas semanas em Durban, na África do Sul. 

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Conforme dados da Agência Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês), o biocombustível brasileiro reduz as emissões dos veículos em pelo menos 50% em comparação com a gasolina; já a Agência Internacional de Energia estima que essa redução ultrapasse os 80%. Porém, vale ressaltar que, independente da porcentagem, as emissões restantes são compensadas no processo de crescimento da cana-de-açúcar. 

A Ecofrotas, empresa de gestão de frotas e a primeira a trabalhar com gestão sustentável, acompanhou as discussões envolvendo transporte sustentável e demais negociações em Durban. “A utilização do etanol é estratégica, ainda mais em países pobres, pois seu preço é mais barato que combustíveis fósseis, e seu uso traz pontos positivos para o meio ambiente local”, afirma a gerente de Relacionamento em Sustentabilidade da Ecofrotas, Amanda Kardosh, que acompanhou as discussões da COP. 

A executiva aponta também que há muito mercado a ser explorado pelo biocombustível. “O uso do etanol no Brasil já está disseminado, em boa parte graças aos carros flex, que representaram no ano passado 46% da frota brasileira de veículos leves, mas no restante do mundo há um mercado enorme disponível”, comenta. Sobre a tecnologia flex, que permite a utilização do etanol ou gasolina no mesmo veículo, ela lembra que é relativamente simples. “Consiste apenas na instalação de um microchip no motor. A maioria das grandes montadoras mundiais são capazes de oferecer modelos com essa tecnologia para outros países, incluindo os da África”, diz. Além disso, acrescenta, “há espaço e condições climáticas favoráveis em alguns países do continente africano que permitiriam a produção de biocombustíveis, sendo que o Brasil poderia ajudar com o fornecimento de tecnologia”. 

Para Amanda essa expansão do uso do etanol é extremamente importante para a redução das emissões no planeta. “Temos resultados extremamente positivos no Brasil. Somente o trabalho desenvolvido pela Ecofrotas com as empresas 3M, Vivo, Sadia, Kimberly e Protege possibilitou que elas reduzissem em cerca de 40% as emissões projetadas de CO2 de suas frotas de veículos. Juntas, essas empresas evitaram a emissão de 30 mil toneladas de CO2 em um período de três anos”, aponta.

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