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Banheiro sustentável fornece saneamento para 700 crianças na China

Antes da construção do banheiro comunitário da comunidade de Shanmen, na China, mais de 700 viviam sem saneamento básico necessário e as doenças relacionadas a isso eram um grande problema. A escola local chegou a ser fechada por causa das epidemias.

Até o ano passado, mais de 700 crianças em Shanmen, na província chinesa de Gansu, viviam sem saneamento básico necessário e as doenças relacionadas a isso eram um grande problema. As dificuldades chegaram ao ponto de obrigar o fechamento de uma escola por causa de epidemias.

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Como a maioria das casas da comunidade não possuem seus próprios banheiros, foi necessário providenciar um coletivo. Então, a Associação Madaifu, que trabalha com crianças em situações familiares difíceis, juntamente com o escritório de arquitetura BaOArchitects, projetaram e construíram um banheiro comunitário para a escola pública utilizar durante a semana e o restante da população utilizá-lo durante as férias, feriados e finais de semana.

O banheiro teve seu acabamento em pintura para lousas, para encorajar as crianças a brincar, desenhar e usarem a criatividade. Os sanitários possuem água quente, advinda de um sistema de aquecimento solar, e parte da água é reutilizada para a rega de jardins dos arredores.

O sanitário é composto de dois edifícios retangulares conectados por um pergolado. Este espaço central foi coberto com painéis translúcidos e funciona como uma estufa durante o inverno, as portas nas extremidades também podem ser abertas para o ar fluir durante os dias quentes.

Os edifícios são separados por masculino e feminino e possuem bastante privacidade. Cada lado possui 12 chuveiros, uma bancada de pias, áreas de vestiário e sanitários. Janelas que podem ser operadas foram instaladas no alto das paredes para aproveitar a luz do dia e permitir a ventilação cruzada e a liberação da umidade. Cerca de dez metros quadrados de placas de aquecimento solar esquentam a água para os chuveiros, mas também existe um boiler de apoio.

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O edifício inteiro foi construído elevado do solo para facilitar a instalação e manutenção dos encanamentos. Pela falta de saneamento básico e de sistemas de esgoto na região, os próprios sanitários são capazes de dar o destino correto ao esgoto e águas residuais.  Banheiros secos separam o líquido do sólido, e armazenam os resíduos em contêineres abaixo dos toaletes.

Os contêineres são esvaziados a cada quinze dias. O resíduo sólido é desidratado e transformado em composto para evitar a disseminação de doenças. As águas residuais dos chuveiros correm para um filtro único e são utilizadas para rega de jardins. O bambu foi utilizado nos jardins pra fazer o processo de fitorremediação, purificando a água residual por um processo natural antes de devolvê-la ao subsolo.

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Cerca de 700 crianças da escola utilizam os banheiros durante a semana, e eles são incentivados a brincar e desenhar nos quadros-negros das fachadas. Estas paredes também são utilizadas para divulgar ações comunitárias e ajudam na interação social. Aos finais de semana os banheiros são abertos para o público para o uso de adultos, por uma pequena taxa. O vestiário de Shanmen custou cerca de US$ 50 mil e recebeu uma menção honrosa no concurso Urbaninform de arquitetura e investimentos sociais em Nova York. Com informações do Inhabitat.com.

 

Redação CicloVivo