Ativistas do Greenpeace recebem anistia do governo russo
Os 28 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas free-lancers enfrentaram dois meses de prisão na Rússia após protesto.
Os 28 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas free-lancers enfrentaram dois meses de prisão na Rússia após protesto.
Os 28 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas free-lancers que enfrentaram dois meses de prisão na Rússia após protesto, receberam anistia do por decisão do parlamento russo nesta quarta-feira (18).
Segundo o Greenpeace, os procedimentos legais contra os acusados serão cancelados e todos, exceto quatro com nacionalidade russa, poderão voltar para seus países, após emissão de passaportes. A organização informou que não sabe quando isso ocorrerá. Ao aceitar a anistia, o grupo não assume sua culpa, mas as investigações contra eles chegam ao fim.
Os ativistas foram presos no dia 19 de setembro e detidos por dois meses sob acusação de vandalismo. Em novembro eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade, mediante pagamento de fiança, porém não poderiam deixar o país.
Em nota, o Greenpeace divulgou que o grupo recebeu com alívio a aprovação, porém, continuam protestando: “Não existe anistia para o Ártico”.
A prisão do grupo provocou fortes críticas à Rússia e foi vista como um sinal de que o país não pretende parar de explorar petróleo no Ártico. Segundo o G1, a soltura do grupo pode ter sido estratégia da Rússia para não criar maiores problemas com países ocidentais, já que o país sediará as Olimpíadas de Inverno, em fevereiro do ano que vem.
“Estou aliviada, mas não celebrando. Fui acusada e permaneci dois meses presa por um crime que não cometi, o que é um absurdo. Mas finalmente parece que essa saga está chegando ao fim e em breve estaremos com nossas famílias”, disse a ativista brasileira Ana Paula Maciel. “Mas ainda penso em meus colegas russos que ficarão com a ficha suja em seu país por algo que eles não fizeram. Tudo isso porque eles lutaram pela proteção do Ártico.”
O destino do Arctic Sunrise, navio da organização, entretanto, ainda é incerto. Atualmente, ele se encontra retido no porto da cidade de Murmansk (noroeste da Rússia), apesar de uma ordem do Tribunal Internacional do Mar para sua soltura.
Confira a cobertura de matérias feitas pelo CicloVivo em favor da liberação dos "30 do Ártico".
24 de setembro – Greenpeace pede libertação de seus ativistas na Rússia
02 de outubro – Itamaraty pede libertação de ativista brasileira do Greenpeace
03 de outubro – Ativista brasileira é acusada formalmente de pirataria pela Justiça Russa
09 de outubro – Marcos Palmeira demonstra seu apoio aos ativistas do Greenpeace
10 de outubro – Ativista do Greenpeace presa na Rússia escreve cartas à mãe
21 de outubro – Audiência que pedirá liberdade de ativista brasileira é desmarcada
24 de outubro – Ativista brasileira presa na Rússia tem fiança negada
08 de novembro – Blur faz protesto contra prisão de ativistas durante show no Chile
18 de novembro – Paul McCartney pede libertação dos ativistas do Greenpeace em carta ao presidente russo
19 de novembro – Ativista brasileira do Greenpeace ganha liberdade provisória
Redação CicloVivo