- Publicidade -

Arquiteta paulista reaproveita contêineres para construir casa e escritório

Carla levou apenas dois meses para ter a residência e o escritório prontos.

Morar em um contêiner pode soar estranho para algumas pessoas. Mas, a arquiteta paulista Carla Prado Dadazio mostra que a opção é eficiente, econômica, sustentável e, acima de tudo, confortável. Para comprovar isso ela construiu a sua própria casa e seu escritório em contêineres reaproveitados.

- Publicidade -

A inspiração veio a partir da necessidade. “Meu antigo escritório era uma sala comercial, quando resolvi mudar queria mais espaço, ter um jardim para mostrar o meu trabalho de paisagista para os clientes. Por isso aluguei um terreno, e como o proprietário exigiu no contrato que eu ‘desmontasse’ tudo quando saísse, passei a pesquisar materiais que facilitassem essa desmontagem”, explicou a arquiteta em entrevista ao CicloVivo.


Foto: Carla Dadazio

A solução para esse dilema: tijolo ecológico e contêineres. Os tijolos foram usados nos muros e podem ser retirados e reaproveitados com perda de apenas 30%. Os contêineres podem ser carregados e realocados inteiramente, sem prejuízo. Por fim, os pisos usados na área externa foram no modelo intertravado, que também é removível.


Foto: Carla Dadazio

- Publicidade -

Construir com esses materiais reaproveitados é mais econômico em todos os sentidos. Carla levou apenas dois meses para ter a residência e o escritório prontos. Além disso, a obra ficou orçada em R$ 60 mil, uma economia que beira 20 a 30% o valor de uma construção tradicional.


Foto: Carla Dadazio

Para ter uma casa contêiner também é necessário conseguir todas as autorizações com a prefeitura local, mas a arquiteta garante que isso não é problema. O único empecilho que pode atrapalhar um pouco a contrução é a necessidade de haver espaço para a passagem de um guincho no local da obra.

- Publicidade -


Fotos: Carla Dadazio

Os dois contêineres usados no projeto foram comprados em um depósito de descarte próximo ao porto de Santos, litoral de São Paulo, e levado até Valinhos, no interior do estado. Ambos são do mesmo tamanho, com 12 metros de comprimento, 2,45 metros de largura e 2,70 de altura interna. A própria arquiteta foi quem escolheu as peças. O cuidado com o reaproveitamento permeia outros detalhes da obra. Vigas e luminárias foram compradas em ferro-velho e parte dos móveis foi feita em pallets.

Mesmo que esse tipo de construção ainda não seja muito difundido no Brasil, ele já é bastante utilizado em outros países e oferece exatamente as mesmas possibilidades que qualquer outro prédio tradicional possa proporcionar.


Fotos: Carla Dadazio

O contêiner localizado no térreo é o escritório de Carla e o segundo andar é a sua casa. Ambos contam com toda a estrutura necessária para garantir o conforto de quem trabalha e vive no local. A parte residencial possui cozinha, banheiro, sala e dois quartos, sendo um deles o principal e outro para hóspedes. O escritório conta com recepção, sala de reunião e dois lavabos, quase sem divisórias, para aproveitar melhor o espaço.


Foto: Carla Dadazio

Todo o cuidado tido com os detalhes do projeto faz, inclusive, com que o interior nem se pareça com um contêiner. As janelas foram cortadas em formatos diferentes e permitem grande aproveitamento da iluminação natural. As cores trazem um ar contemporâneo e o bom gosto está presente em todos os detalhes. A ideia é ótima para quem sonha em poder levar sua casa, exatamente como é, para onde quer que vá.

Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo