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Argentinos guardam flatulência do gado para gerar energia

Trata-se de uma bolsa acoplada ao lombo do animal em que o gás metano é armazenado para uso posterior.

O Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA) desenvolveu uma solução, no mínimo, inusitada para captar os gases emitidos pela flatulência do gado. Trata-se de uma bolsa acoplada ao lombo do animal em que o gás metano é armazenado para uso posterior.

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De acordo com o INTA, seria possível utilizar este material para fabricar biocombustível capaz de gerar energia, calor e até mesmo substituir os combustíveis fósseis nos automóveis. “Como os bovinos liberam gases de efeito estufa, propusemos uma forma econômica e prática de sequestrar essas emissões e utilizá-las como substituto energético”, declara Guillermo Berra, coordenador do grupo de Fisiologia Animal do INTA, em informativo oficial.

De acordo com um dos técnicos do projeto, Ricardo Bualo, o biometano purificado e comprimido pode ser utilizado para gerar muita energia. “Uma vaca emite, aproximadamente, 300 litros de metano por dia, que podem ser utilizados para colocar em funcionamento uma geladeira de cem litros, com temperatura entre dois e seis graus por um dia inteiro”, garante.


Foto: Divulgação

Berra explica que o organismo dos ruminantes funciona da mesma forma que um biodigestor. No entanto, a vantagem do gado é percebida nos períodos mais frios do ano, quando é necessário gastar energia para aquecer o biodigestor, enquanto os animais têm seu metabolismo sempre mantido naturalmente em 38,5ºC.

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“A quantidade de gás produzida varia de acordo com o alimento ingerido e o tamanho do animal: uma vaca adulta emite cerca de 1.200 litros de gás ao dia, dos quais, entre 250 e 300 são metano”, esclarece o coordenador.

Diante da enorme quantidade de críticas que a iniciativa tem recebido, o especialista garante que o animal não sofre maus tratos durante o processo. Segundo ele, o cano usado para transportar o gás é inserido em uma fístula de dois milímetros e o gado recebe uma anestesia local para não sentir dor.


Foto: Divulgação

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Redação CicloVivo