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Aquecimento global coloca 35 mil morsas em situação de risco no Alasca

Elas dependem do gelo marinho para descansarem após seus longos mergulhos de caça e também para se reproduzirem e cuidarem de seus filhotes.

Um evento ocorrido no Alasca comprovou mais uma vez os perigos que o aquecimento global oferece às espécies marinhas. De acordo com a ONG World Wildlife Found (WWF), 35 mil morsas foram encontradas em uma faixa de terra no litoral de Point Lay. Os animais foram empurrados para lá devido à falta de gelo na região.

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As morsas são grandes animais marinhos que chegam a pesar até 1.500 quilos. Elas dependem do gelo marinho para descansarem após seus longos mergulhos de caça e também para se reproduzirem e cuidarem de seus filhotes. No entanto, com o derretimento do gelo no Ártico, esses animais têm sido empurrados para a terra, o que os torna muito mais vulneráveis.

Conforme monitoramento de órgãos oficiais norte-americanos, durante a maior parte do mês de setembro os pesquisadores identificaram uma média de 1.500 morsas na fronteira entre Chukchi e Beaufort Seas. No voo realizado em 27 de setembro, no entanto, a quantidade de exemplares identificados foi absurdamente maior. A estimativa dos cientistas é de que 35 mil morsas estavam desalojadas no litoral.


Foto: NOAA

A enorme quantidade de animais em um pequeno espaço preocupa os especialistas. Além de tornarem as morsas presas mais fáceis aos ursos polares, elas ficam mais nervosas quando estão em terra, ao invés do gelo. Assim sendo, qualquer som, cheiro ou visão estranhos podem desencadear uma debandada. Conforme informado por Margaret Williams, da WWF, ao site Mashable, esta situação tem culminado na perda de milhares de morsas jovens, que são atropeladas até a morte.

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O verão de 2014 no hemisfério norte foi o sexto mais quente já registrado. A situação deve ficar ainda pior. “As condições de gelo, como visto no cenário de 2014 têm sido regra e não exceção na última década e a situação vai piorar com o tempo”, explicou Mark Serreze, diretor nacional do Centro de Controle de Neve e Gelo, em Boulder, Colorado, em declaração ao Mashable.

Segundo ele, esta situação dificulta o acesso das morsas à comida, já que, apesar de serem boas nadadoras, elas não têm o estilo de vida adequado para o mar aberto.

Redação CicloVivo

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