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Altos níveis de CO2 causam danos cerebrais aos peixes

Pesquisadores do Centro de Excelência para Estudos de Recifes de Coral (ARC) divulgaram um estudo provando que os altos níveis de CO2 presentes na água afetam o cérebro e o sistema nervoso dos peixes.

Pesquisadores do Centro de Excelência para Estudos de Recifes de Coral (ARC) divulgaram um estudo provando que os altos níveis de CO2 presentes na água afetam o cérebro e o sistema nervoso dos peixes. O documento foi publicado na edição da última segunda-feira (16) da revista científica “Nature Climate Change”.

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Para os cientistas, a presença de grande quantidade do gás deixa os peixes mais vulneráveis aos predadores naturais. A conclusão foi feita após vários testes em que os animais foram expostos à água do mar, com altos níveis de CO2. “Agora está bem claro que eles sofrem uma alteração significativa em seu sistema nervoso central, podendo prejudicar suas chances de sobreviência”, explicou o professor Phillip Munday, responsável pelo estudo.

Durante as análises foi possível perceber que os predadores não eram muito afetados, no entanto os filhotes de peixe-palhaço e de peixes-donzela apresentaram mudanças no comportamento e em suas habilidades sensoriais. A maneira como os receptores cerebrais foram afetados, deixou os peixes confusos.

A pesquisa mostrou que a incidência de CO2 fez com que os filhotes fossem facilmente atraídos aos recifes de corais durante o dia, deixando-os mais expostos a predadores. Além disso, a capacidade de discernir as direções foi abalada e os peixes perderam o instinto natural de virar para a esquerda ou direita.

Estes resultados mostram que os danos causados aos peixes não são somente visuais, como se imaginava, mas eles atingem diretamente o cérebro afetando diversos sentidos e instintos que deveriam ser naturais para a sua proteção. Os níveos de CO2 presentes nos oceanos já são altos e aumentam ainda mais a cada ano. Segundo Munday, 2,3 bilhões de toneladas de CO2 são dissolvidos anulamente nos oceanos. Com informações da France Presse.

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Redação CicloVivo