Águas vivas interrompem funcionamento de usina nuclear
Animais bloquearam encanamentos da usina, encerrando, temporariamente, os trabalhos do reator.
Animais bloquearam encanamentos da usina, encerrando, temporariamente, os trabalhos do reator.
Depois de inúmeras manifestações ao redor do mundo contra o uso da energia nuclear, a natureza mostrou sua força contra os reatores: no último domingo (31), centenas de águas vivas forçaram o desligamento da usina de Oskarshamn, na Suécia. Os animais marinhos entupiram os encanamentos responsáveis por abastecer as turbinas da usina, responsáveis pela geração do polêmico tipo de energia.
A usina de Oskarshamn é uma das maiores em toda a Europa, e as medusas forçaram o desligamento de um equipamento capaz de produzir mais de 1.400 megawatts de energia. A informação é de que um funcionário da usina foi obrigado a parar as atividades do reator 3, ligado novamente na noite da última terça-feira por um grupo de engenheiros especializados.
Se, nessa história, as águas vivas assumiram o papel de protagonistas, a ocorrência é um dos resultados de um cenário nada positivo. Isso porque, quando encontrados em abundância, estes animais causam desequilíbrio entre as espécies do habitat marinho, além de prejudicarem a atividade pesqueira e indicarem vestígios de degradação ambiental.
A curiosa manifestação das medusas não é novidade nas usinas nucleares. Em 2005, a primeira unidade de Oskarshamn foi invadida por outra espécie de cnidários, que pararam os trabalhos do reator. Na Escócia, a central de Torness foi obrigada a interromper suas atividades, devido à presença destes animais. Com informações do InHabitat.
Redação CicloVivo