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Ação com idosos de favela carioca é exemplo internacional de cidadania

Difícil deslocamento dos idosos nas favelas e falta de acesso à saúde e tecnologia incomodaram e incentivaram ativistas estrangeiros

Um projeto de assistência médica gratuita foi desenvolvido no morro Santa Marta, zona sul do Rio de Janeiro. Durante 18 meses, a iniciativa disponibilizou atendimentos médicos a domicílio e favoreceu a popularização de novas tecnologias para a saúde pública, além de dar origem a estudos sociais que revelam condições dos moradores da favela carioca.

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 Um time de onze profissionais – quatro médicos, três enfermeiros e três auxiliares – passou mais de um ano visitando as casas de moradores idosos para fazer exames rápidos por meio da mochila E-Health – um kit capaz de medir vários indicadores de saúde, desde exames de pressão sanguínea e diabetes, até avaliações cardíacas e exames de sangue.

A ação foi coordenada pela New Cities Foundation, em parceria com a GE, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Prefeitura do Rio de Janeiro.  “Eu fiquei orgulhosa dos resultados, pois conseguimos criar um projeto que envolve desde empresas e autoridades públicas até os moradores do morro Santa Marta. O pessoal envolvido gostou do projeto, fez isso funcionar. Os idosos ficaram muito felizes”, declarou a coordenadora local do New Cities Foundation, Rosalie Marin ao CicloVivo.

De acordo com Rosalie, o envelhecimento dos brasileiros e o isolamento dos idosos que moram nos morros foram fatores determinantes para a execução do projeto-piloto. Além disso, os ativistas ficaram incomodados ao perceber que a população de baixa renda tem pouco acesso a tecnologias aprimoradas na área de saúde.

“Uma das metas do projeto é proporcionar a tecnologia necessária para a população de baixa renda, principalmente para os idosos. Os moradores amaram a ideia – eles dizem que as visitas domiciliares trazem conforto, até porque os exames são realizados em casa e os resultados são divulgados na hora", relatou a ativista suíça.

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Agora, as autoridades da capital fluminense pretendem realizar a iniciativa em outras favelas. “Esta experiência foi um grande sucesso, os resultados foram de muita satisfação, seja pelos usuários, seja para os profissionais de saúde que trabalhavam com essa tecnologia. A partir desta experiência, vem a expectativa de poder expandir para outras áreas da cidade, trazendo essa ferramenta inovadora para cuidarmos dos idosos”, afirmou Hans Dohmann, Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

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