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Pesquisadora brasileira estuda criação de sistema que capta água das paredes

A água da parede dos edifícios é muito mais limpa do que a do telhado. Além disso, ele é ideal para grandes cidades.

Aproveitar a água da chuva é uma maneira eficiente que reduzir o desperdício de recursos hídricos e também uma fonte de água de reuso grátis e disponível em abundância. Já existem sistemas de captação para telhados e calhas, mas a pesquisadora Thaís Tinelli Marangoni, mestranda na Unesp em Ilha Solteira, quer ir além, desenvolvendo um sistema que aproveita a água da chuva nas paredes dos edifícios.

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Seu foco de estudos consiste em criar um equipamento que permita maior aproveitamento da água de chuva e com melhor qualidade do que os sistemas de coleta em telhados. Em entrevista ao PodAcqua, da Unesp, ela explicou quais são os benefícios de recolher as águas das paredes.

“Hoje existe muita captação de água de chuva em telhado. Mas, a gente suspeita que a qualidade dessa água é muito pior do que a qualidade que a gente vai poder captar em paredes, porque você tem muita poluição difusa, muita poluição do ar que foi depositada no telhado”, explicou a cientista.

Thaís se aprofundou ainda mais no assunto, explicando que experiências realizadas dentro de sua pesquisa mostraram que a poluição difusa costuma estar depositada em maior quantidade em até um metro de parede. Segundo ela, usando os edifícios, é possível conseguir água mais limpa, devido à altura dos prédios.

A mestranda se mostra bastante confiante no sistema e acredita que ele pode ser extremamente útil, principalmente, nas metrópoles. “Em cidades grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro, a gente tem muitos prédios e a área de telhado é bem menor do que a lateral”.

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Durante a entrevista, Thaís explicou que o equipamento ainda não foi desenvolvido e não existe nada como isso em todo o mundo. “Nós não sabemos ainda realmente como vai ser esse sistema que a gente vai empregar. O objetivo é desenvolver um sistema que seja eficiente para isso. Principalmente porque as chuvas são sempre dotadas de vento e essa água é jogada contra a parede”, finalizou a pesquisadora.

Thaís Teisen – Redação CicloVivo

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