Empresa dos EUA utiliza dejetos para produzir energia e água potável
Sistema desenvolvido por cientistas de Ohio aproveita material orgânico do esgoto para gerar recursos sustentáveis.
Sistema desenvolvido por cientistas de Ohio aproveita material orgânico do esgoto para gerar recursos sustentáveis.
Os cientistas da empresa norte-americana Pilus Energy desenvolveram um método de converter os dejetos fisiológicos de humanos e animais em energia limpa, água potável e biogás. O sistema é formado por bactérias-robô, que processam os materiais orgânicos encontrados nos esgotos, para suprir, com eficiência, a demanda energética de empresas, indústrias e residências, além de aumentar a oferta de água potável, gerar um novo tipo de combustível de baixa emissão e ainda reduzir os gastos com a manutenção da rede de esgotos.
Fundada em Ohio, nos EUA, a empresa estima que seja possível produzir cerca de 1.100 terawatts de energia com os dejetos encontrados no esgoto, o suficiente para abastecer 275 milhões de residências por um ano, além de realizar a filtragem de água e a produção do biogás. Segundo os cientistas da Pilus Energy, os resíduos são depositados num contêiner, em que as bactérias-robô entram em ação.
O processo é invisível a olho nu, e, controladas pelo sistema, as bactérias-robô processam os compostos orgânicos, com objetivo de transformá-los em íons e elétrons de hidrogênio. Uma vez processados, os elétrons vão em direção dos prótons, gerando eletricidade, água potável, metano e isopreno – substância que pode ser usada na fabricação de borracha sintética e outros itens. O esquema abaixo (em inglês) explica o sistema criado pela Pilus Energy:
Após o processo de transformação dos dejetos, as bactérias-robôs anaeróbicas, envoltas numa cápsula, se autodecompõem em meio hermético, eliminando todo e qualquer risco de contaminação para o ambiente e para o homem.
Com a maior procura por fontes renováveis e a preocupação mais intensa com os impactos causados pelo homem no meio ambiente, a empresa norte-americana espera mais investimentos para colocar em prática o método desenvolvido em laboratório. Por enquanto, a companhia participa de uma campanha de arrecadação de fundos na internet, pela qual é necessário angariar, pelo menos, 50 mil dólares, a fim de construir, testar e colocar em funcionamento a unidade de geração o mais rápido possível.
Redação CicloVivo