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Ritmo acelerado na construção da usina Belo Monte conflita com a lentidão das obras para atender a população

Na avaliação dos senadores que integram a Subcomissão de Acompanhamento das Obras de Belo Monte, persiste o descompasso entre o andamento das construções da usina e o das chamadas obras condicionantes, de caráter socioambiental, fundamentais para o e

Na avaliação dos senadores que integram a Subcomissão de Acompanhamento das Obras de Belo Monte, persiste o descompasso entre o andamento das construções da usina e o das chamadas obras condicionantes, de caráter socioambiental, fundamentais para o erguimento da hidrelétrica. Eles retornaram a Brasília sexta-feira, após dois dias de visitas aos canteiros de obras e a diversas áreas de Altamira, no Pará, onde ouviram lideranças e autoridades.

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Os integrantes da comissão já tinham visitado os mesmos locais há cerca de um ano. Para Flexa Ribeiro (PSDB-PA), vice-presidente da subcomissão e autor do requerimento da visita a Belo Monte, o ritmo acelerado da obra da usina conflita com a lentidão das obras no entorno, como as de saneamento, reforma e construção de hospital e outras ações para atender a população com serviços públicos.

“Estão ocorrendo alguns problemas burocráticos, que podem ser resolvidos com facilidade, desde que exista mais empenho. Vimos que existe a intenção e o investimento, mas as obras de compensação deveriam ser concluídas antes de a usina começar a operar. E é isso que estamos fiscalizando e cobrando”, disse Flexa.

O diretor-presidente da Norte Energia, Duílio Diniz, afirmou que as condicionantes e as obras da usina estão ocorrendo dentro do previsto e que a maioria das obras do entorno deverá ficar pronta até meados de 2014, quando deve ser pedida a licença de operação de Belo Monte.

“Todas as 22 condicionantes foram iniciadas, e algumas, concluídas. Temos como meta e desafio concluir todas essas etapas, não só por obrigação, mas porque também é do nosso interesse. E ter diálogo permanente com as prefeituras, governo do estado e Senado é fundamental para que isso ocorra”, declarou.

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Questão social

Também integraram a comitiva o presidente da subcomissão, Delcídio do Amaral (PT-MS), o relator, Ivo Cassol (PP-RO), Blairo Maggi (PR-MT) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

“A obra segue seu cronograma físico e financeiro, mas as preocupações com a questão social permanecem. O que nos preocupa são os trabalhadores após a construção da usina. Por isso, é importante dinamizar a economia e promover alternativas de renda”, afirmou Blairo.

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Delcídio disse ser preciso acompanhar o andamento das obras socioambientais, lembrando que a usina só entrará em operação se todas as condicionantes forem construídas.

Jornal do Senado