Projeto oferece prática esportiva para crianças e jovens com deficiência visual

Uma parceria feita entre a Universidade Anhanguera de São Paulo, a Alfabetização Solidária (AlfaSol) e o Programa UniSol, oferece atividades práticas esportivas para crianças e jovens de seis a 17 anos com deficiência visual e de baixa visão de escolas das redes municipais, estaduais e particulares.

Alunos da universidade realizarão um trabalho de iniciação e prática esportiva avaliando e acompanhando a evolução dos participantes no desafio a obstáculos, desenvolvimento da coordenação motora e mobilidade com a utilização de outros sentidos e auxílio da prática esportiva. Também poderá ser avaliado o bem estar, benefícios à saúde e independência na realização de atividades diárias. “Nossos alunos poderão colocar seu aprendizado de sala de aula em prática, além de exercer a cidadania e o incentivo à inclusão social”, afirma o professor Edison Tresca, coordenador do curso de Educação Física da Universidade Anhanguera e coordenador do Projeto.

Alunos e professores do curso de Educação Física, com apoio dos cursos de Fisioterapia e Psicologia, vão realizar atividades como futebol, natação e goalball, sendo este último um jogo praticado por atletas que possuem deficiência visual, cujo objetivo é arremessar uma bola sonora com as mãos no gol do adversário. Os times são compostos por três jogadores e três reservas, e todos usam vendas nos olhos.

Todos os materiais utilizados para as atividades são adaptados para que jovens e crianças tenham percepção pelo tato e pela audição. As bolas, por exemplo, possuem guizos e assim eles podem saber em que direção ela está, o que exige muita concentração. Também serão realizadas avaliações de capacidades físicas, como resistência, força e agilidade. As atividades acontecem às terças e quintas-feiras, das 13h45 às 16h15, na unidade Maria Cândida da universidade, localizada na Zona Norte de São Paulo.

A parceria prevê a participação de 40 crianças e jovens com deficiência visual e tem como objetivo promover a vivência em modalidades paraolímpicas; utilizar o esporte como elemento de mudança social; contribuir com o desenvolvimento e a evolução esportiva de crianças e adolescentes; executar vivências esportivas que propiciem o desenvolvimento motor e competências sociais, como cooperação, competição e respeito; promover o diálogo e a troca de experiências entre os estudantes universitários e grupos de jovens e seus familiares e, ainda, contribuir com a formação cidadã dos estudantes universitários a partir da prática em campo. O Projeto é patrocinado pela Prefeitura do Município de São Paulo, por intermédio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania via Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente.