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refugiados
Foto: Sylvain Cherkaoui | Unicef

Citando os frequentes casos de tortura, mutilação, prisão, abusos sexuais e mortes em conflitos armados envolvendo crianças, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu no início de agosto que os países empreendam ações concretas para acabar com as violações contra as crianças.

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“Em lugares como o Iraque, Nigéria, Somália, Sudão do Sul, Síria e Iêmen, as crianças sofrem e vivem em um verdadeiro inferno”, disse o dirigente máximo da ONU, que abriu o debate do Conselho de Segurança sobre crianças e conflitos armados.

Ban destacou que mais da metade dos refugiados do mundo são crianças, ressaltando a necessidade de abordar urgentemente as causas do deslocamento e, ao mesmo tempo, enfrentar a crise.

O dirigente máximo da ONU observou ainda que as crianças são vítimas em operações antiterroristas e em bombardeios aéreos.

“Mesmo as guerras têm regras. Hospitais e escolas devem ser protegidos. Os civis devem ser poupados. As crianças não devem ser usadas para lutar”, sublinhou.

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“Se você quer proteger a sua imagem, proteja as crianças”, declarou Ban, pedindo a cada Estado-membro e todas as partes envolvidas em conflitos para proteger as crianças.

“Em 2015, mais de 8 mil crianças-soldado foram libertadas, e muitos países também aprovaram leis para adicionar novas medidas para proteger as crianças contra o recrutamento’’, disse, enfatizando que, para acabar com as violações graves contra crianças, é imprescindível pôr fim aos conflitos e estabelecer a paz.

250 milhões de crianças vivem em regiões afetadas pela guerra

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O diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Anthony Lake, disse que cerca de 250 milhões de crianças vivem em países e regiões afetadas pela guerra, com mais de 30 milhões de deslocados pelo conflito.

“Esses números, além de muitos outros apontados no relatório do secretário-geral, pintam um retrato devastador”, disse.

Ele destacou a utilidade do mecanismo de vigilância e de relatórios da ONU sobre violações graves contra crianças em conflitos armados, que ajudam a definir a escala da crise.

“Armas explosivas foram responsáveis por quase 44 mil mortes e lesões no ano passado. Quando usadas em áreas densamente povoadas, nove em cada 10 vítimas eram civis. Todas as partes do conflito devem se comprometer a proteger as crianças, alterando a maneira como as guerras são travadas, incluindo a proibição do uso de armas explosivas em áreas povoadas’’, ressaltou.

“Os ataques contra agentes de saúde e instalações têm consequências de longo alcance para as crianças e para as suas comunidades. Todas as partes do conflito devem proteger e permitir a entrega segura de cuidados de saúde aos menores e suas famílias”, concluiu. 

Da ONU