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Escola implanta programa com laboratório de energias renováveis e teto verde em SP

O programa batizado de Rena Sustentável envolve todos os alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio do Colégio Renascença.

Foto: Divulgação

De eletrônicos ao lixo orgânico, o programa multidisciplinar do Colégio Renascença, em São Paulo, está mudando a relação dos estudantes com o meio ambiente – que, em um mês deixaram de enviar 6,1 kg de CO2 à atmosfera. Com iniciativas que incluem a permacultura e a produção de Biocombustíveis, o programa Rena Sustentável começou com um minhocário para realizar a compostagem de restos de alimentos que antes iriam direto para o lixo e agora já se prepara para a implantação de um teto verde produtivo.

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O programa envolve todos os alunos, da Educação Infantil ao Ensino Médio e é coordenado pela professora Fátima Primon, Coordenadora de Ciências Naturais. O intuito é sensibilizar os alunos em relação às questões ambientais, vivenciando as práticas da sustentabilidade mais de perto e aprendendo sobre a preservação do meio ambiente e o uso de recursos naturais renováveis.

As famílias também poderão colher os frutos do trabalho dos alunos que terão a oportunidade de levar para caso o adubo produzido na escola ou descartar na escola aparelhos eletrônicos sem uso ou quebrados – para que não poluam o meio ambiente.

Teto Verde

Um setor do 3° andar da sede do Renascença, na Barra Funda, será transformado em teto verde produtivo de acordo com os princípios da permacultura. Do ensino Infantil até o ensino médio, cada segmento efetuará plantios e depois acompanhará determinado grupo de plantas.

Os plantios serão setorizados, desde o Jardim dos Sentidos, que contará com diversos temperos com cheiros e texturas diferentes; plantas medicinais; Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANCS) –que também evitam pragas e ajudam no controle de todo ecossistema.

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Já os alunos mais velhos trabalharão com grupos em estufa e plantas bioindicadoras para estudar os impactos da poluição. “Como estamos próximos à Marginal Tietê, onde há uma frota pesada de automóveis, o nosso teto verde contará com plantas bioindicadoras de poluição que serão acompanhadas pelos alunos do 9° ao 2° ano do ensino”, conta a coordenadora do projeto.

Laboratório de renováveis

Além de trabalhar com a pesquisa sobre poluição atmosférica, os estudantes do Colégio também terão à disposição um laboratório de energias renováveis.

“Estamos preocupados em aplicar conceitos de sustentabilidade em todo o nosso ambiente, aproveitando toda espécie de resíduo gerado para produzir energia limpa”, de acordo com a coordenação do programa.

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Nossos professores pautam suas práticas numa abordagem envolvendo relações CTSA (Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente), instigando os educandos a buscar alternativas para suprir demandas energéticas locais com menor impacto ao meio. Os projetos estão dirigidos inicialmente à produção de biocombustíveis e aproveitamento da energia solar, ocorrendo inserção de outras modalidades de energia conforme composição de linhas de pesquisa nascidas nas aulas de iniciação científica e monografia.

Biofertilizante

Os restos de alimentos que antes eram jogados no lixo agora são enviados ao minhocário que faz a compostagem dos resíduos orgânicos e produz o biofertilizante que o jardineiro do colégio já utiliza para cuidar do solo. Semanalmente são 8 litros de biofertilizante produzidos e, em breve, terá o Húmus – considerado o mais completo adubo sólido para plantas, inodoro, rico em macro e micronutrientes essenciais para as plantas.

Em breve, o húmus produzido pelo minhocário do colégio também poderá ser enviado para as famílias dos alunos para que utilizem o adubo também nas plantas de casa.

Lixo Eletrônico

O novo modelo de consumo da sociedade produz ainda o lixo eletrônico. O Renascença firmou parceria com a Coopermiti, cooperativa especializada na reciclagem desse tipo de material, e terá agora um container permanente para coletar objetos eletrônicos quebrados ou sem uso – desde brinquedos, como videogames, até utensílios domésticos, como torradeiras, secadores de cabelo, pilhas ou baterias.

A Cooperativa montou um museu na escola que contou com objetos que a maioria nunca havia entrado em contato – como máquinas de datilografia, vitrolas, discos de vinil, Atari, entre outros. Na ocasião, além do resgate da memória houve discussão voltada à conscientização ambiental, na direção do descarte incorreto de resíduos eletroeletrônicos. Esses materiais podem liberar substâncias como Mercúrio, Cádmio, Cobre, Cromo, entre outros que, caso dispostos em aterros não licenciados e controlados, podem contaminar o solo e atingir o lençol freático, causando grande impacto à natureza.