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Em janeiro, Sesc tem programação sobre relação ser humano e meio ambiente

São Paulo faz 464 anos, completando uma trajetória de quase 500 anos de muita criação e muita destruição de paisagens.

O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, em São Paulo, abre sua programação de janeiro com uma discussão sobre a relação do ser humano e o meio ambiente. A partir do conceito de Paisagem Cultural, a unidade propõe atividades que trazem reflexões, experiências e práticas sobre o tema, por meio de palestras, oficinas e cursos.

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Essa interação pode se dar pela permanência de atividades sociais e econômicas que contribuem para a preservação de determinadas paisagens, pela criação de outras formas de habitar, assim como pelas interferências humanas que destroem as paisagens.

Para a unidade, esse debate se torna oportuno no mês em que a cidade de São Paulo faz 464 anos, completando uma trajetória de quase 500 anos de muita criação e muita destruição de paisagens.    

Entre os destaques da programação estão o curso Permacultura urbana, que aborda novas formas de habitar a paisagem, no dia 8 de janeiro. No dia 10, o curso de ilustração científica ensina técnicas de representação botânica, passando por uma apresentação da configuração da paisagem da cidade de São Paulo.

O artista plástico e professor Rubens Matuck fala sobre sua formação e experiências artísticas, relacionando conceitos de paisagem com aspectos da história da arte, em palestra no dia 22 de janeiro. Fotografia de paisagem natural e urbana é o curso que acontece a partir do dia 23 de janeiro, no qual são apresentados os passos para a construção de uma reportagem fotográfica sobre um lugar de interesse paisagístico.

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Na véspera do feriado, dia 24, inicia o curso Desenho de observação do paisagismo urbano, que apresenta noções básicas de desenho de observação, luz e sombra, perspectiva e representação gráfica de plantas e árvores, além de outras técnicas, e que inclui um passeio, no dia do feriado, 25,  da Praça 14 Bis ao Parque do Trianon.

A programação é voltada para o público em geral. Confira:

Permacultura urbana: novas formas de habitar a paisagem

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Dias 8/1 e 5/2, segundas, das 14h às 16h

De 15 a 29/1, segundas, das 10h às 16h

R$80,00 / R$40,00 / R$24,00

As cidades tornaram-se grandes adensamentos populacionais, mas na época em que foram criadas não se pensou nas consequências deste modelo para a vegetação, as águas, os solos e as relações humanas. Esse curso tem o objetivo de refletir acerca de alternativas criadas para diminuir o impacto das pessoas na cidade.

Neste percurso, além de discussões em grupo, acontecem passeios a três espaços: a “Morada da Floresta” localizada no Jardim Peri Peri na zona Oeste de São Paulo; a “Casa do Alpendre” localizada no Jardim Rolinópolis também na Zona Oeste e por fim a “Casa Ecoativa” localizada no extremo sul de São Paulo no Distrito do Grajaú. Almoço incluído em todas as visitas.

Com Estela Cunha Criscuolo, formada em geografia pela PUC-SP, hoje graduanda em Pedagogia pelo Instituto Singularidades. Atua como educadora em projetos socioambientais.

Com Morada da Floresta, desenvolvimento de projetos, soluções e tecnologias socioambientais para a diminuição de resíduos no Brasil e atividades voltadas à educação e conscientização ambiental.

Com Casa Ecoativa, projeto localizado dentro da APA – Bororé-Colônia na Ilha do Bororé. A iniciativa foi criada por moradores do extremo sul de São Paulo com a finalidade de promover agroecologia, bioconstrução e atividades ulturais.

Com Casa do Alpendre, coletivo de pessoas que buscam por em prática os princípios da permacultura urbana, agroecologia e economia solidária nas suas relações de consumo e troca através da autogestão.

A ilustração científica e a configuração da paisagem de São Paulo

De 10/1 a 7/2, quartas, das 14h às 17h

R$60,00 / R$30,00 / R$18,00

A ilustração científica (IC) costuma ser definida como a intersecção entre a ciência e a arte, a qual deve ser correta cientificamente e bonita artisticamente. Neste curso de são apresentadas as bases da IC, assim como exemplos de técnicas e aplicações. Em especial a técnica de aquarela para a representação botânica, passando por uma apresentação da configuração da paisagem da cidade de São Paulo. O curso também abordará o estudo de luz, sombra, forma, proporção e perspectiva do modelo biológico.

Com Paulo Presti, biólogo formado pela USP, espaço onde foi cofundador do Núcleo de Ilustração Científica em 2012. Trabalha com ilustração científica desde 2011 e é especialista em ilustrações com grafite, pontilhismo, aquarela e lápis de cor. Desde 2014 vem ministrando cursos sobre ilustração científica.

Política da paisagem: estratégias, instrumentos e conflitos

De 16 a 19/1, terça a sexta, das 14h às 17h

R$60,00 / R$30,00 / R$18,00

O curso trata de recentes estratégias de captura do conceito de paisagem em políticas públicas, tais como a tipologia de Paisagem Cultural e a abordagem de Paisagem Urbana Histórica, ambas da Unesco. Tradições de pensamento relacionadas à paisagem envolvidas, possibilidade e limites dos instrumentos, suas relações com a natureza, o urbano e diferentes grupos sociais, avanços e possíveis conflitos, compõem a dinâmica daquilo que chamamos de Política da Paisagem.

Com Rafael Winter Ribeiro, geógrafo, doutor em Geografia pela UFRJ e Université de Pau et des Pays de l’Adour. Professor do PPGG/UFRJ e do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do IPHAN. Membro do Icomos, atuou na candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Mundial da Unesco e seu plano de gestão.

Capitalismo e Colapso Ambiental

Dia 17/1, quarta, das 19h às 21h

Grátis

Nesta obra, o autor apresenta sua tese sobre o colapso ambiental e social que a expansão do capitalismo proporciona. Mudanças climáticas, deterioração da biosfera, regressão da democracia com a concentração do poder político e econômico nas mãos de grandes corporações são algumas das expressões dessa trajetória que será discutida neste encontro.

Com Luiz Marques, professor livre-docente do Departamento de História do IFCH /Unicamp. Pela editora da Unicamp, publicou “Giorgio Vasari”, “Vida de Michelangelo (1568)”, e “Capitalismo e Colapso ambiental”. Coordena a coleção “Palavra da Arte”, dedicada às fontes da historiografia artística, e participa com outros colegas do coletivo Crisálida, Crises SocioAmbientais Labor Interdisciplinar Debate & Atualização

Rubens Matuck – paisagens de leste a oeste

Dia 22/1, segunda, das 14h às 18h

R$15,00 / R$7,50 / R$4,50

Rubens Matuck apresenta sua formação e experiências artísticas, relacionando conceitos de paisagem com aspectos da história da arte, assim como, com os processos e materiais utilizados em seu trabalho e em viagens realizadas pelo Brasil e exterior. O artista demonstra alguns procedimentos e técnicas de pintura e convida o público a experimentar as mais utilizadas em suas obras.  

Com Rubens Matuck, artista plástico e professor. Teve formação artística com Aldemir Martins, Marcelo Grassman, Simon Mao, Tai Hsuan An, Sansom Flexor, Renina Katz, Flavio Motta e Otavio Araujo. Dentre as exposições realizadas no Brasil e no exterior destacam-se: “Amazônia na Bienal de São Paulo” (2007) e a mostra “Tudo é Semente no Sesc Interlagos” (2015), que reúne 40 anos de sua produção artística.

Fotografia de paisagem natural e urbana

De 23/1 a 6/2, terças, das 19h às 21h30

Dia 3/2, sábado, das 14h às 16h30

R$60,00 / R$30,00 / R$18,00

O curso apresenta os passos para a construção de uma reportagem fotográfica sobre um lugar de interesse paisagístico relevante, seja rural ou urbano, visando à organização do tempo e recursos mobilizados pelo fotógrafo. É composto de quatro encontros, sendo dois encontros de conteúdos teóricos, uma saída fotográfica que será realizada em 3/2 e um último encontro dedicado à teoria e prática de edição fotográfica.

23/1 – Preparação do trabalho e comportamento da luz.

30/1 – Composição, equipamento, fotografando na chuva .

3/2 – Produzindo uma reportagem fotográfica.

6/2 – Fluxo digital, metadados e edição.

Com Maurício Simonetti, fotojornalista e fotógrafo documental independente. Iniciou sua carreira na Agência F4 e trabalhou para as revistas Veja e Isto É. Ao longo de sua carreira dedicou-se a pesquisas fotográficas do meio ambiente e paisagens urbanas.

Desenho de observação do paisagismo urbano                                                            

Dias 24 e 26/1, quarta e sexta, das 10h às 13h

Dias 25 e 27/1, quinta e sábado, das 10h às 14h

R$60,00 / R$30,00 / R$18,00

Por meio do desenho de observação, esta atividade propõe abrir uma discussão e reflexão, principalmente da relação dos espaços verdes com a cidade, que na sua origem, são da Mata Atlântica, mas com o passar do tempo, espécies invasoras foram se adaptando a estes espaços.

Serão apresentadas noções básicas de desenho de observação; luz e sombra, perspectiva; representação gráfica de plantas e árvores e técnicas do uso do grafite, de como colorir o desenho usando aquarela, marcadores ou lápis de cor. Os encontros serão em sala de aula e ao ar livre, num passeio que vai da Praça 14 Bis ao Parque Trianon na Avenida Paulista.

Material indicado para participação no curso: caderno de desenho com folhas adequadas para desenho e aquarela (tipo sketchbook com folas de gramatura grossa, entre 90 e 120kg); lápis grafite 2B, 4B, apontador, limpa-tipos, lixa de unha; material para colorir os desenhos: aquarela, pincéis ou pincéis com reservatório de água (AquaBrush); lápis de cor ou marcadores coloridos.

Com Lauro Monteiro, artista plástico e trabalha com várias técnicas, como ilustração, colagem e pintura, tendo o desenho como base fundamental de sua pesquisa artística, é gestor cultural e curador de arte, tendo realizado, ao longo dos anos, exposições em diversos locais do Brasil e principalmente em Portugal.

As áreas verdes e outras áreas protegidas no contexto da metrópole

De 30/1 a 2/2, terça a sexta, das 14h às 16h

R$60,00 / R$30,00 / R$18,00

O curso apresenta o conceito e o histórico da criação de áreas verdes protegidas no Brasil, especialmente na cidade de São Paulo.  Mostrará como estes espaços foram criados inspirados em modelos europeus e quais seus impactos para o ordenamento territorial urbano.

Para ilustrar o conteúdo apresentado ocorrerá uma visita técnica ao Parque Trianon na Avenida Paulista, verificando os desafios na gestão de uma área verde protegida e como conciliar a preservação das espécies nativas e convívio com as espécies exóticas, também chamadas de plantas invasoras.

Com Erika Guimarães, mestre em Ciência pela USP e bióloga formada pela UFMS. Atua há 20 anos em projetos de conservação da natureza com foco em corredores de biodiversidade, criação e gestão de áreas protegidas. Autora do livro BiodiverCidade – desafios e oportunidades na gestão de áreas protegidas urbanas (IPE/Matrix), atualmente é gerente de áreas protegidas da Fundação SOS Mata Atlântica.

Informações e inscrições no site ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.