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Ruas da zona sul de São Paulo são pintadas para receber ciclovias

As ruas de São Paulo têm ganhado um colorido diferente. Alguns moradores têm ido dormir e quando acordam se deparam com uma faixa vermelha pintada no asfalto.

As ruas de São Paulo têm ganhado um colorido diferente. Alguns moradores têm ido dormir e quando acordam se deparam com uma faixa vermelha pintada no asfalto. Isto faz parte das obras da prefeitura, que visam a instalação de 400 quilômetros de ciclovias na cidade até 2015.

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Alguns pequenos trechos já foram inaugurados. Outros ainda estão em andamento, como acontece na região de Santo Amaro, na zona sul. Além da tinta vermelha e das sinalizações, algumas ruas que receberão as faixas exclusivas para bicicleta e eram de paralelepípedo, têm sido asfaltadas. O percurso cruzará três grandes avenidas locais: Santo Amaro, Vereador José Diniz e a Adolfo Pinheiro.

Esta é uma das apostas municipais para aumentar a quantidade de ciclistas urbanos em São Paulo. O sucesso das ciclofaixas de lazer comprova que ciclistas iniciantes se sentem mais seguros quando podem pedalar em um espaço exclusivo, segregado dos carros. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego, em 2012, quando os últimos dados foram levantados, eram realizadas 267 mil viagens de bike todos os dias. A esperança é de que as novas estruturas cicloviárias melhorem ainda mais esses números.

Está bom, mas pode melhorar

Morador da zona sul da capital, o Engenheiro Agrícola e Ambiental Marlon Fernandes de Souza, usa a bicicleta como seu principal meio de transporte diário. A ciclovia em construção na região de Santo Amaro passará em frente à sua casa, mas a rota não parece ser suficiente para facilitar o trajeto de quem pedala até outros bairros.

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“Eles estão fazendo a ciclovia sentido estação de trem (Granja Julieta – linha esmeralda). Porém, a estação não tem bicicletário e nem acessa nenhuma outra ciclovia, ou seja, meio que leva nada a lugar nenhum”, explicou.

Durante o anúncio do Plano Diretor de SP, na última semana, o prefeito Fernando Haddad garantiu que uma das principais preocupações de sua gestão é incentivar o uso de transportes alternativos e promover a intermodalidade. Para isso, muitas mudanças ainda precisam ser feitas.

A área citada por Souza é muito próxima à Marginal Pinheiros, que possui uma das maiores ciclovias da cidade. No entanto, o acesso a ela não é permitido em qualquer estação. Outro fator que dificulta a mescla entre modais é limitação do horário para a entrada de bicicletas nas estações do trem e metrô, um ponto que deve ser analisado pela prefeitura para que mais pessoas pensem em deixar o carro na garagem e testar outro meio de transporte.

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Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo