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Minas Gerais está perto de ter seu primeiro edifício com certificação LEED

O edifício da Forluz, primeiro prédio verde com certificação nível gold no Leed, em Minas Gerais, será inaugurado em 2012. A construção foi projetada pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados em conjunto com o escritório Trínia.

O primeiro prédio verde de Belo Horizonte começa a tomar forma e será inaugurado em 2012. O edifício da Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz), buscou junto ao Green Building Council Brasil (GBC Brasil), a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), o mais importante certificado concedido aos edifícios engajados com o meio ambiente. A construção foi projetada por arquitetos do escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados, em conjunto com o escritório Trínia e está localizada no bairro de Santo Agostinho, na capital mineira.

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A certificação é uma ferramenta importante dentro de uma construção sustentável. Ela é a certeza de que ao longo do tempo o edifício se mostrará racional e econômico do ponto de vista financeiro e ambiental. Segundo a GBC Brasil, órgão responsável por viabilizar a certificação do Leed, o Brasil é o quinto país com maior número de empreendimentos certificados, já passam de 100; ficando atrás somente de Estados Unidos, Emirados Árabes, Canadá e China.

Para a implantação do projeto de Belo Horizonte foram levadas em consideração as fontes de energia renováveis, como o aquecimento solar de água e sistema fotovoltaico de geração de energia. A economia de energia elétrica virá de equipamentos eficientes e lâmpadas de baixo consumo, associados à tecnologia de eficiência energética da própria construção, como o vidro usado nas fachadas, que será de grandes dimensões para o maior aproveitamento da luz natural.

As vidraças permitirão iluminação natural em 75% da área do prédio, sendo que 90% da área construída terá acesso visual às paisagens externas. Na fachada norte, a tecnologia de vidro associada à brises, garante proteção solar. O sistema de sombreamento é dotado de sensores de luminosidade, que serão acionados automaticamente quando houver excesso de sol. A luz interna é regulada de acordo com a intensidade de luz externa.

A maior parte dos materiais utilizados na construção será reciclada. O cimento, por exemplo, apresenta baixo índice de compostos orgânicos voláteis. As madeiras também foram substituídas por moldes pré-fabricados, reutilizáveis de polipropileno. A escolha dos materiais levou em consideração sua origem pra diminuir o impacto do transporte. Além disso, os resíduos produzidos na operação são destinados à reciclagem.

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O sistema de reaproveitamento de água também está presente na edificação; as águas do lavatório e chuveiros servirão para abastecer a descarga dos vasos sanitários. As águas pluviais coletadas em um reservatório serão destinadas à irrigação, bem como as provenientes dos drenos do sistema de ar condicionado. Isso reduzirá o consumo em, pelo menos, 40%. O sistema de automação monitorará o funcionamento de todas as instalações do edifício para garantir a eficiência energética e hidráulica.

A edificação tem 24 pavimentos e cinco subsolos e o terreno é ocupado, em sua maioria, por uma praça aberta para a cidade, reduzindo o impacto da construção para o entorno.

Segundo Laura Penna, uma das arquitetas responsáveis pelo projeto, “a construção de um prédio verde é mais cara que a das obras convencionais, mas, por outro lado, é uma construção que gera muitos benefícios. O investimento é revertido nas economias que o prédio proporciona depois de pronto”.  Para ela o prédio verde da Forluz, trará também inúmeros benefícios aos usuários, pois esse tipo de construção aumenta a qualidade real do ambiente, melhorando a própria saúde e a produtividade dos futuros trabalhadores.

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