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Estudante desenvolve técnica que usa cogumelos e papelão para construção

Criado como alternativa às construções tradicionais, material não gera resíduos.

Alunos da Universidade de Brunel, em Londres (Inglaterra), estão testando uma estrutura no mínimo inusitada. Eles estão usando cogumelos para criar um novo tipo de construção sustentável. A ideia é que a técnica possa ser uma alternativa às construções tradicionais.

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Em parceria com a empresa de arquitetura Astudio, o estudante Aleksi Vesaluoma criou uma estrutura feita com micélio (parte vegetativa dos fungos) misturado com papelão. O material é então moldado, dando forma ao que ele chama de “salsichas de cogumelo” que então é embalado em uma espécie de gaze de algodão.

A estrutura é colocada em uma estufa por quatro semanas onde ela pode se desenvolver. Aí estará pronta para ser usada em festivais ou qualquer evento temporário e depois será facilmente biodegradada na natureza. A intenção é ter um produto que gere zero resíduos.

O criador também afirma que os cogumelos que surgem na estrutura também podem ser colhidos para consumo, ressignificando a própria função arquitetônica. Vesaluoma dá como exemplo tal uso sendo adotado por um restaurante que serve pratos com cogumelos.

“Atualmente, os principais fatores que impedem a comercialização em grande escala de materiais com micélio são as pré-suposições das pessoas, bem como o poder da indústria com fins lucrativos”, acredita.

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Foto: Universidade de Brunel/Divulgação
Foto: Universidade de Brunel/Divulgação

O material resultante do micélio com orgânicos, usados na construção civil, tem potencial para amenizar diversos problemas ambientais, como a remoção de recursos da natureza, desmatamento e emissões tóxicas de queima de tijolos.

“Os materiais do micélio são benéficos para nós e para o meio ambiente, além de serem realmente legais. Eles são um excelente exemplo do porquê precisamos confiar na inteligência da natureza para nos ajudar a criar sistemas de fabricação mais regenerativos”, conclui o estudante.

Foto: Universidade de Brunel/Divulgação
Foto: Universidade de Brunel/Divulgação

Redação CicloVivo

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