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O Rio de Janeiro é o palco dos jogos olímpicos, mas também é vitrine para inovações estrangeiras trazidas para o Brasil. Um desses exemplos é a UFBox, uma mini-fazenda urbana criada dentro de um contêiner. O sistema foi feito pela empresa Suíça Urban Farmers e, durante a Olimpíada Rio 2016, está funcionando na “House of Switzerland”, na Lagoa Rodrigo de Freitas.

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O projeto brasileiro é uma parceria do Baixo Suíça (House of Switzerland) e da swissnex Brazil com a Urban Farmers. A proposta traz a metodologia bem-sucedida dos suíços para o Brasil e prepara o terreno para a chegada das grandes fazendas urbanas ao país.

Foto: Reprodução/Facebook
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A UFBox é capaz de gerar 60kg de peixe e 120kg de vegetais por ano. Durante os Jogos Olímpicos, o Baixo Suíça e a empresa Urban Farmers estão apresentando aos visitantes como a produção de alimentos em centros urbanos pode ser muito mais sustentável, saudável e eficiente que o sistema convencional, pois permite a redução do tempo entre a colheita e a mesa, elimina o desperdício de alimentos ao longo do transporte e aumenta o controle sobre o que está sendo produzido.

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Para Gioia Deucher, CEO da swissnex Brasil, a Urban Farmers combina, aparentemente, valores contraditórios, que na Suíça são complementares. “A Urban Farmers é a união de agricultura, tradição suíça, com tecnologia inovadora. O projeto também valoriza a combinação do urbano e rural. A agricultura ‘dentro da caixa’ da Urban Farmers é, na verdade, um pensamento ‘fora da caixa’. O cultivo da inovação começa no Baixo Suíça”, explica Deucher.

Economia

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Alimentos mais frescos produzidos localmente ainda preservam o meio ambiente. A tecnologia UF economiza 95% de água em sua produção, se comparada ao modelo tradicional.

Quando analisado o espaço, a eficiência fica ainda mais evidente. O sistema é menor que metade de uma quadra de vôlei e pode ser adaptada para diversos tipos de locais em centros urbanos. A tecnologia de aquaponia, já utilizada nas fazendas urbanas da Basiléia (Suíça) e de Haia (Holanda), une a piscicultura (criação de peixes) à hidroponia (cultivo de plantas com raízes submersas na água). No processo, os dejetos de peixes viram adubos para as plantas, que, por sua vez, filtram a água e as devolvem para os peixes.

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Chegada ao Brasil

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Talita Campoi Marinho, Relações Públicas, e seu marido Daniel Pacheco, engenheiro químico, são os responsáveis pelo projeto no Brasil. A relação com a inovação suíça começou há três anos, e, de lá para cá, eles não mediram esforços para transformar isso em realidade no país. A ideia é de que a tecnologia apresentada no Rio seja apenas o começo de uma nova geração de fazendas urbanas, já que, em breve, outro exemplar será inaugurado em São Paulo.

Para Roman Gaus, fundador e presidente da Urban Farmers AG, que esteve observando o Brasil ano passado, a empresa tem a intenção ainda de reduzir em 80% o desperdício da cadeia produtiva. Segundo ele, na natureza tudo pode ser reciclado. “Vamos ‘perturbar’ o sistema e incumbir o fazendeiro. Ter preços mais justos, gastar menos em distribuição e gerar menos gastos com as fazendas urbanas”, ressaltou Gaus.